domingo, 4 de abril de 2010

Certo ou errado?

Essa foto eu tinha prometido em um texto anterior. Esse é o castelo Nymphenburg, quase do lado de onde eu moro. Ainda tinha neve. Qualquer dia coloco outra do mesmo lugar, mas sem neve.
As pessoas as vezes me perguntam: mas por quê você toca música erudita com saxofone? Eu na verdade nunca filosofei sobre uma resposta. Mas hoje vou tentar responder a essa pergunta pelo caminho mais simples, sem muitos argumentos históricos e ou científicos. Eu penso que a música é uma só, cada estilo acaba nos direcionando para outros “lugares”, como diferentes públicos, ambientes, cidades, oportunidades, carreiras, sonhos e tudo mais. Encontrei na chamada “música erudita” um caminho que me pareceu interessante e quem sabe simplesmente resolvi investir na direção. Muito porém um músico precisa ser versátil. Nos anos que morei em Curitiba, toque muitos anos na “Orquestra a base de sopro do conservatório de Música Popular Brasileira”, foi uma grande escola pra mim. Mesmo em outros projetos como a "Soulution Orchestra", ou em outras big bands todas essas experiências somaram enormemente para um resultado, que resolvi direcionar num sentido, que é a música erudita. Quero dizer com isso que não penso que o jazz ou a música popular brasileira seja mais fácil ou pior, são somente coisas diferentes. Mas penso que decidir-se por um caminho também facilita no reconhecimento do e um artista.

Na verdade quando resolvi estudar na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, não tinha muita idéia do que se poderia fazer com um saxofone tocando esse tipo de música. A idéia até me irritava, não conseguia me imaginar tocando por exemplo Mozart com saxofone. Mais tarde descobri que existe muitas obras originalmente escritas para saxofone e comecei a gostar desse mundo. Hoje posso dizer que praticamente só faço isso. O problema disso tudo para nós saxofonistas é que se acredita que para tocar jazz é preciso ter um som “aberto”, uma boquilha de metal, “subtonar” nos graves e muito mais. Sobre isso ainda quero escrever mais e esclarecer o meu ponto de vista em um outro texto.

Independente de qual caminho se queira seguir é preciso saber onde se quer chegar, mas antes mesmo disso é preciso ter um bom professor. Tendo a técnica correta é possível tocar qualquer estilo, aí vai mesmo depender de você. Para improvisar e conhecer um estilo como o jazz, depois de ter um certo domínio técnico do instrumento, não é necessariamente preciso fazer aulas com um saxofonista, esse conhecimento é musical e não técnico. Quem sabe procure um bom pianista.

Essa semana fiquei surpreso ao receber um e-mail do meu professor do Brasil (Wilson Annies) com a publicação de um artigo no site da “EMBAP” sobre meu concerto aqui na Alemanha. Se puder passe por lá.

Além disso já coloquei na página do myspace (é só clicar no meu nome ali em baixo) o concerto escrito por Nikolai Brücher e tocado na minha prova final. A gravação é ao vivo. Ficaria feliz com a sua visita.

Me ajude com a divulgação do blog, só assim faz sentido continuar a escrever, e se tiver sugestões, perguntas por favor, escreva em forma de comentário.

Abraços, saudações e bom domingo
Marcio Schuster

3 comentários:

  1. Fala Marcio, então na verdade estou começando a ver isso agora , pois vou tocar aqui na UFAL em Junho , aí talvez agora em maio terei um contanto maior com o pessoal que trabalha com os projetos de música por aqui em Maceió quando eu tiver respostas mais definitivas em te mando ok ? Por que eu também vou querer tocar aí eu já falo de você !!! Mas fique no aguardo, que logo te darei respostas mais definitivas !!!

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  2. Oi Márcio, bacana seu blog. Passarei por aqui mais vezes.
    Te encontrei pesquisando sobre plano de saúde na Alemanha. Tens aí alguma informação boa pra me ajudar? Sou brasileira, tenho passaporte português e estou me mudando para Berlim.

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  3. Sim claro, com todo prazer. O que exatamente você gostaria de saber?

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