sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Notas Graves

Uma vez havendo decidido ficar por aqui, e não digo com isso que esse seja o meu caso, é preciso tomar algumas medidas de sobrevivência. O inverno na Alemanha é muito longo e a luminosidade é reduzida a poucas horas diárias, normalmente entre as 16h e 17h está escuro. Em dias nublados com chuva ou mesmo neve, não resta muito pra fazer a não ser trabalhar e ou estudar.



No começo eu não entendia como era possível alguém em pleno calor do verão, que em dias mais quentes pode chegar a um pouco mais de 30 graus, almoçar com o sol queimando a cabeça. Hoje, qualquer raio de sol é motivo pra largar toda e qualquer atividade e sair correndo pra fora e sem nenhum peso na consciência aproveitar o momento sublime. Então, assim sendo, decreto que o verão (imprescindivelmente entre Julho e agosto, porém com possibilidade de dias frios) é tempo de não fazer nada a não ser aproveitar o calor do astro maior. Realmente férias, com direito a queimaduras solares, banhos diários no rio Isar e abdicar de qualquer atividade (ou pelo menos a maioria delas) que seja feita entre quatro paredes.


Notas Graves - Parte I


As famosas notas graves no saxofone. Esse é um tema sem fim e motivo de grande discussão e as vezes até filosofia. Existe solução de todos os tipos e para todos os gostos para esse então “problema”. Eu também tenho a minha, aliás até três. Não sei se as minhas soluções são as melhores, mas para mim funcionam e por isso me atrevo a escrever algumas considerações sobre o tema. Vou explicar aqui em três textos diferentes cada uma das “soluções”. Espero que você, além de gostar, entenda e melhore sua técnica com isso.


A primeira “solução”, que poderia também ser a última, é a mais importante de todas. Estude! e faça isso de todas as maneiras. Explore e pesquise todas as possibilidades, descubra em todos os sentidos o instrumento que você tem pendurado no pescoço. Não esqueça que em comparação com outros instrumentos o saxofone é uma criança de um pouco mais de 100 anos. Ainda falta muita pesquisa em melhorias técnicas na própria construção do instrumento, e na minha opinião, pouco interesse dos fabricantes. Os culpados somos nós que estamos acostumados a achar as coisas estão suficientemente boas como elas estão. Há uns dias olhei pro meu saxofone e descobri que se eu mudasse algumas pequenas coisas ele poderia funcionar melhor para mim. Então com algumas pequenas mudanças acabei resolvendo o problema. Nós estamos acostumados a nos adaptar e jamais imaginar que um “Selmer” possa ser imperfeito. Porém eu digo, a realidade é outra.


O que quero dizer com tudo isso? Eu acredito até agora você não pode melhorar sua técnica de emissão de notas graves, por esse primeiro texto, mas o que quero dizer é que o limite do seu interesse em estudar e se aperfeiçoar, em qualquer sentido, depende de você. O seu interesse em pesquisar e não acreditar em tudo que se fala por aí. As informações prontas são as mais perigosas. Não esqueça de duas coisas: Não existem verdades absolutas e as maiores descobertas foram feitas contrariando as regras que já existiam. Estude, explore, pesquise. Abra a sua cabeça para possibilidades que vão além das que você tem como regra.


Lido e entendido e deixando com isso também claro que tudo o que aqui consta não é nada mais além do que o conhecimento que adquiri ao longo (nem tão longo assim) da minha vida musical, deixo essa primeira lição (de notas graves?). Na semana que vem escrevo mais uma parte com explicações realmente práticas.


Coloquei alguns vídeos no youtube dos meus últimos concertos aqui em Munique. Os links estão ali em baixo. Agradeço a visita


Abraços e até a próxima


Marcio Schuster

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